Senado cria comissão para investigar caso de funcionárias fantasmas no gabinete de Efraim Morais

21/05/2010 23:28

 

A diretoria geral do Senado abriu sindicância para apurar as denúncias de duas supostas funcionárias fantasmas que recebiam salário sem nunca ter trabalhado no gabinete do senador Efraim Morais (DEM-PB). 

'Fantasmas' de Efraim prestam depoimento

Nos documentos entregues à Polícia Civil, onde as duas irmãs denunciaram o esquema fraudulento, Kelriany e Kelly não só aparecem na relação de funcionários do gabinete de Efraim, como têm registrados os descontos no imposto de renda e os saques em dinheiro referentes à restituição do tributo


As irmãs Kelly e Kelriany Nascimento da Silva afirmam ter recebido uma espécie de “bolsa-educação” de R$ 100 mensais, por um ano, em troca de autorizaram a abertura de contas bancárias seus nomes. O acordo teria sido intermediado por Kátia Bicalho, irmã de Mônica Conceição Bicalho, que trabalhou como assessora jurídica de Efraim por sete anos.

Ao tentar abrir uma conta bancária, Kelriany teria descoberto que tinha dívidas e que constava como funcionária do Senado, recebendo salário de R$ 3.800. As irmãs denunciaram a fraude à Polícia Civil de Sobradinho, cidade-satélite do Distrito Federal.

Segundo boletim administrativo do Senado divulgado nesta sexta-feira (21), uma comissão foi criada e três servidores já foram designados para compor o grupo que irá investigar a situação das irmãs. Paralelamente, a Polícia Legislativa apura o caso.

Ontem, as jovens prestaram depoimento por mais de 7h. Nesta sexta-feira (21) um homem, que atua como contínuo no gabinete do parlamentar, também foi ouvido. Ele teria tomado posse em nome das irmãs por uma procuração falsa, mas a polícia não confirma a versão.

Na próxima semana, será ouvida a ex-servidora Mônica da Conceição Bicalho. Em nota, Mônica admite a irregularidade, mas nega que o senador tenha conhecimento das contratações.